FIM da revisão da vida toda: aposentado que recebeu precisa DEVOLVER o dinheiro?
Alguns aposentados conseguiram ter acesso à revisão da vida toda antes que ela fosse considerada inconstitucional.
A revisão da vida toda gerou expectativas entre muitos aposentados do INSS, que acreditavam na possibilidade de recalcular seus benefícios com base em salários antigos, anteriores a julho de 1994.
No entanto, a recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) negou a continuidade dessa revisão, surpreendendo muitos segurados.
A questão agora é se os aposentados que receberam antecipadamente valores com base em decisões judiciais terão que devolver esses recursos ao INSS, o que tem gerado grande preocupação entre os beneficiários.
A revisão da vida toda foi negada?
A revisão da vida toda era uma ação judicial que permitia aos aposentados recalcularem seus benefícios considerando salários anteriores a julho de 1994, período em que o cálculo do INSS mudou após o Plano Real.
A intenção era incluir esses valores no cálculo da aposentadoria, o que beneficiaria aqueles que tiveram altos salários antes dessa data. Em 2022, o STF chegou a aprovar a revisão, gerando decisões favoráveis para muitos aposentados que conseguiram obter valores mais altos por meio de tutela antecipada.
No entanto, em março de 2024, o Supremo revisou essa decisão ao julgar duas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs), e decidiu, por maioria, que a revisão não seria possível.
O argumento para negar a revisão da vida toda baseou-se na constatação de que, anteriormente, o STF já havia se posicionado contra esse tipo de correção em ações protocoladas em 1999.
Portanto, a corte considerou que a correção dos benefícios não deveria ocorrer, contrariando o que havia sido decidido em 2022.
Essa reviravolta no julgamento deixou muitos aposentados inseguros quanto aos valores já recebidos, uma vez que, até então, a Justiça havia decidido favoravelmente em vários casos.
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Aposentados vão ter que devolver o dinheiro que conseguiram?
Uma das maiores preocupações dos aposentados após o julgamento do STF foi a possibilidade de terem que devolver os valores que receberam com base nas liminares concedidas pela Justiça, que haviam garantido a correção dos seus benefícios.
No entanto, o ministro Dias Toffoli, em seu voto recente, trouxe um alívio para esses beneficiários ao propor que não seria necessário devolver os valores recebidos até a data de 5 de abril de 2024.
Para Toffoli, esses valores têm caráter alimentar, ou seja, são destinados ao sustento dos aposentados, e foram recebidos de boa-fé, o que afastaria a obrigação de restituição ao INSS.
Essa posição de Toffoli foi seguida por outros ministros, como Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, que concordaram que os valores recebidos até a data do julgamento não deveriam ser devolvidos.
No entanto, o julgamento ainda não foi finalizado, e até o momento, a maioria dos ministros segue o voto do ministro Nunes Marques, que foi contrário à revisão da vida toda e ao acolhimento dos recursos que pedem a manutenção da correção dos benefícios.
Caso a posição de Toffoli prevaleça, os aposentados que receberam os valores antecipadamente poderão ficar tranquilos, sabendo que não precisarão devolver as quantias já recebidas.
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Como fica a situação dos aposentados?
Enquanto o julgamento não é concluído, há uma expectativa de que os ministros do STF possam alterar seus votos, ou que haja algum pedido de destaque que leve o caso para o plenário físico do Supremo.
Caso isso ocorra, o julgamento pode ser prolongado, trazendo ainda mais incerteza para os aposentados que aguardam um desfecho definitivo sobre a questão.
Para muitos, a revisão da vida toda representava uma chance de melhorar suas condições financeiras na aposentadoria, especialmente para aqueles que tiveram altos salários no passado.
Contudo, mesmo sem a necessidade de devolver os valores, os aposentados ainda precisam lidar com a frustração de não conseguir a revisão que acreditavam ser um direito garantido pela decisão anterior do STF.
A discussão em torno da revisão da vida toda continua sendo um tema relevante, principalmente por se tratar de um direito previdenciário que afeta diretamente a vida de milhões de aposentados em todo o Brasil.
Portanto, é fundamental que o desfecho dessa questão traga a maior clareza possível para todos os envolvidos, garantindo que os aposentados saibam como agir diante das decisões judiciais que impactam seus benefícios.
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