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Dinheiro extra! Projeto pode GARANTIR R$ 12.000 por ano para FAMILIARES de beneficiário do BPC

Em um contexto onde o apoio às famílias vulneráveis é cada vez mais necessário, surge uma proposta legislativa que promete trazer um alento financeiro significativo aos responsáveis legais por pessoas com deficiência, beneficiárias do Benefício de Prestação Continuada (BPC).

O Projeto de Lei (PL) 461/24, em tramitação na Câmara dos Deputados, propõe a criação do Programa Auxílio Cuida Mais, uma iniciativa que oferece R$ 1.000 mensais aos cuidadores, totalizando um apoio anual de R$ 12.000. Esta proposta não apenas visa aliviar o peso econômico suportado por estas famílias, mas também reconhecer o valor e o compromisso dos cuidadores na manutenção do bem-estar dos beneficiários do BPC.

Este artigo se debruça sobre os detalhes do projeto, seu financiamento, e o impacto potencial sobre o Cadastro Único e a assistência social no Brasil.

Dinheiro extra! Projeto pode GARANTIR R$ 12.000 por ano para FAMILIARES de beneficiário do BPC
Cuidadores podem receber benefício – Crédito: cadunicobrasil.com.br / Jeane de Oliveira

O Auxílio Cuida Mais: Uma nova esperança

O PL 461/24 introduz o Programa Auxílio Cuida Mais com o objetivo de prover uma renda extra aos responsáveis por indivíduos com deficiência que já são beneficiários do BPC. Este benefício mensal de R$ 1.000 se propõe a ser uma ajuda contínua, terminando apenas com o falecimento do beneficiário do BPC.

Tal gesto legislativo procura não apenas proporcionar apoio financeiro, mas também dignificar a labuta diária dos cuidadores, cuja dedicação é essencial para a qualidade de vida desses indivíduos.

Financiamento e Justiça Social

A sustentabilidade financeira do Auxílio Cuida Mais é assegurada por um aumento proposto na Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) das instituições financeiras, de 4% para 5,5%. Estima-se que esta mudança na alíquota resulte em uma arrecadação adicional de aproximadamente R$ 13,5 bilhões, uma soma mais do que suficiente para financiar o programa.

O deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), autor do projeto, salienta que este ajuste fiscal não somente viabiliza o programa, mas também se alinha com os princípios de justiça social, ao redistribuir recursos na direção das camadas mais vulneráveis da população.

Cadastro Único como pilar central

Uma característica notável deste projeto é a sua integração com o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). A elegibilidade para o Auxílio Cuida Mais exige que o beneficiário do BPC já esteja inscrito no CadÚnico, garantindo assim que o auxílio alcance aqueles verdadeiramente em necessidade.

Esta abordagem não só potencializa a eficácia do programa como também reforça a importância do Cadastro Único como ferramenta central na administração da assistência social no Brasil, garantindo que os recursos sejam direcionados de forma precisa e eficiente.

Impacto potencial e próximos passos

O PL 461/24 encontra-se em caráter conclusivo, pendente de análise por diversas comissões. A aprovação deste projeto poderá ter um impacto transformador na vida de muitas famílias, reafirmando o Cadastro Único como um instrumento vital para a inclusão social e o bem-estar dos cidadãos mais vulneráveis.

Além disso, ao valorizar os cuidadores de beneficiários do BPC, a proposta fortalece o tecido social e promove uma sociedade mais justa e solidária.

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Em suma, o Programa Auxílio Cuida Mais promete ser um marco na política social do Brasil, demonstrando um comprometimento renovado com a assistência a indivíduos com deficiência e seus familiares. A medida, fundamentada no aumento da Cofins para instituições financeiras, não somente propõe um mecanismo sustentável de financiamento, mas também enfatiza a importância da justiça social e da responsabilidade coletiva.

À medida que o projeto avança, a expectativa é que se torne um exemplo palpável do compromisso do país com seus cidadãos mais necessitados, consolidando o Cadastro Único como peça chave nesse processo.

BPC e 13° salário: entenda a razão da negativa ao abono em questão

Os beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC) não recebem o 13º salário porque o BPC é um auxílio assistencial, não previdenciário. Destinado a idosos e pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade, o BPC garante um salário mínimo mensal sem exigir contribuições anteriores ao sistema de seguridade social. 

Enquanto o 13º salário é característico de benefícios previdenciários, decorrente de contribuições ao longo do tempo, o BPC opera sob a lógica da assistência social, com fundos da União, visando amparar os mais necessitados.

Esta distinção entre assistência e previdência explica a inelegibilidade ao 13º salário, mantendo o foco do BPC em prover suporte básico e contínuo aos seus beneficiários.

Cadu Costa

Cadu é um jornalista brasileiro, com uma trajetória profissional dedicada a explorar e disseminar informações sobre os benefícios do governo federal. Com um olhar crítico e uma paixão pela justiça social, ele tem se destacado por sua habilidade em traduzir políticas complexas em linguagem acessível, ajudando a população a compreender seus direitos e como acessar os suportes oferecidos pelo governo.

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