Quase 1 milhão de famílias podem perder o BPC devido à falta de atualização. Veja como o CRAS pode ajudar a manter o benefício ativo.
Atualmente, mais de 800 mil beneficiários do BPC correm o risco de perder o benefício. Todavia, há uma estratégia que ajuda a evitar a perda desse benefício.
O governo iniciou um pente-fino que vai atingir aproximadamente 1,2 milhão de beneficiários, verificando os cadastros e confirmando se os dados permanecem corretos.
A atualização cadastral é uma exigência legal que deve ocorrer a cada dois anos, e quem não cumpre esse requisito corre o risco de ter o BPC suspenso ou cancelado. Por isso, a busca por uma unidade do CRAS pode ser a solução para garantir a continuidade do benefício.
Além disso, quem for convocado e não atender à chamada no prazo estipulado poderá ver seu benefício bloqueado temporariamente. Abaixo, veja os detalhes sobre como o processo de atualização ocorre, o papel do CRAS na regularização do BPC e os prazos para evitar o bloqueio do pagamento.
Quem pode perder o BPC por falta de atualização cadastral?
Para manter o Benefício de Prestação Continuada (BPC) ativo, os beneficiários precisam manter seus dados atualizados no CadÚnico.
O foco do pente-fino são as pessoas que não atualizaram suas informações há mais de 48 meses ou nunca se cadastraram.
Estima-se que 1,2 milhão de beneficiários podem estar nesta situação, e até o momento, muitos ainda não regularizaram seus dados. Abaixo estão os grupos mais vulneráveis ao bloqueio do BPC:
- Beneficiários sem cadastro no CadÚnico: aqueles que nunca fizeram a inscrição no sistema precisam realizar o cadastro para evitar o cancelamento.
- Pessoas com dados desatualizados há mais de quatro anos: segundo a legislação, o cadastro deve ser renovado a cada dois anos.
- Idosos e pessoas com deficiência: como público-alvo do BPC, esses grupos devem manter sua situação regularizada para evitar o corte no pagamento.
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Como funciona o processo de convocação e atualização do BPC?
O INSS está convocando os beneficiários para regularizar o cadastro por meio de canais oficiais, como agências bancárias, Central 135, aplicativo Meu INSS e até por SMS.
Quem não responde à convocação dentro do prazo corre o risco de ter o benefício suspenso temporariamente, o que pode afetar diretamente a renda familiar.
As etapas para atualização são as seguintes:
- Receber a notificação: o aviso chega pelos canais oficiais mencionados e indica a necessidade de atualização.
- Buscar uma unidade do CRAS: após a notificação, o beneficiário deve procurar o Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) para realizar a atualização dos dados.
- Regularizar o cadastro: o responsável pelo benefício precisa informar a renda, composição familiar e dados pessoais de todos que vivem na mesma casa.
Essa atualização é obrigatória e, se não for feita em até 45 dias para municípios menores e 90 dias para cidades grandes, o bloqueio poderá ser definitivo. A resposta rápida à convocação garante a continuidade do BPC e evita transtornos financeiros.
Prazo para atualização e bloqueios temporários do BPC
Os prazos para quem mora em cidades com até 50 mil habitantes são de até 45 dias após a convocação, enquanto para cidades maiores o período é de 90 dias.
Se os dados não forem regularizados dentro desse tempo, o pagamento do BPC poderá ser bloqueado até que a situação seja resolvida.
A saber, esse bloqueio inicial serve como um alerta para a urgência de atualizar as informações e não significa o corte imediato do benefício.
- Bloqueio temporário: ocorre se o beneficiário não comparece ao CRAS dentro do prazo. O pagamento é retomado ao regularizar o cadastro.
- Suspensão definitiva: quem ultrapassar o limite de 30 dias após o bloqueio corre o risco de perder o benefício permanentemente.
Portanto, atender à convocação e manter o cadastro atualizado evita o bloqueio temporário e garante que o BPC continue como apoio financeiro para famílias em situação de vulnerabilidade.
Revisão e cruzamento de dados do BPC
O governo tem cruzado dados do BPC com o CadÚnico e outras bases para confirmar a elegibilidade dos beneficiários.
O objetivo é garantir que o BPC chegue a quem realmente precisa, verificando a renda familiar e outras condições que influenciam o direito ao benefício.
Essa revisão é feita de forma mensal, com o INSS, a Previdência Social e o Ministério do Desenvolvimento Social analisando as informações para identificar possíveis inconsistências.
Em casos de irregularidade, o beneficiário é convocado e pode esclarecer a situação por meio dos seguintes canais:
- Meu INSS
- Central 135
- Agências bancárias